Wiki Rel
Advertisement

Introdução

Neste projeto de pesquisa procuramos mostrar o conhecimento obtido sobre os diversos biomas e domínios morfoclimáticos observados no Parque das Mangabeiras (localizado no Centro-Sul de Belo Horizonte), compará-los com os encontrados pelo Brasil e caracterizá-los de acordo com conhecimentos prévios.

A pesquisa foi interessante porque a maioria das pessoas não realiza visitas ao Parque para realizar pesquisas sobre a vegetação e os biomas, e quando feita, a pesquisa se demonstrou interessante e diversificada.

Desenvolvimento

Parada 1:

Image005

Cerrado - Parada 1

O solo dessa parada se demonstrou mais duro, claro e seco do que os encontrados nas outras paradas, e, além disso, o solo era rico em minérios, principalmente a hematita. Sobre esse solo, não foi encontrado húmus e nem tampouco folhas e galhos, pois estes foram carregados pelo vento, que ocorre em locais de Cerrado graças à baixa densidade das árvores e à distância entre elas.

Foi encontrada nesse solo, vegetação rasteira em grandes proporções, principalmente se comparada à das outras paradas, isso ocorre devido novamente à baixa densidade da vegetação de maior porte (árvores), que permite a entrada da luz em camadas mais profundas do bioma, é devido também a esse fator, que o solo do Cerrado é mais duro seco e sem umidade. Quanto à vegetação de grande porte (árvores), ela se caracteriza por ter o tronco tortuoso e baixa estatura, além de raízes profundas e casca grossa que ajuda a planta reter água, isso se deve ao fato de que no Cerrado, o solo é, em geral mais ácido, criando ambiente para as árvores tortuosas características, a água é um pouco escassa na superfície mas o bioma possui lençóis freáticos rasos, possibilitando que plantas de raízes profundas o capture.

Graças ao calor excessivo e à exposição direta à luz, é incomum a presença clara de animais nesse bioma, pois estes em geral se encontram enterrados na terra para se proteger dos fatores abióticos agressivos do Cerrado, os animais visíveis se resumem a alguns insetos e aves, mas os que se encontram sob camuflagem ou enterrados se resumem em exemplares bastantes diversificados, como tatus e répteis.

Bioma: Cerrado

Descrição: O solo do Cerrado é, normalmente, rico, porém seco, duro e ácido, e, em geral com lençóis freáticos em sua profundidade. As árvores são pouco densas com galhos e caule tortuosos e a vegetação é composta por vegetação rasteira.

Os animais são infrequentes devido à incidência da luz solar direta, entre eles estão os tatus e répteis.

Parada 2:

Image007

Mata Atlântica - Parada 2

O solo da parada 2 é úmido, alaranjado e escorregadio, além de conter uma camada satisfatória de material em decomposição em sua superfície (galhos, folhas, frutos). A temperatura desse local é menor pois não há incidência direta de luz solar sobre o solo e ar no interior da Floresta.

As árvores possuem galho grosso, coberto por musgos e líquens com folhas no topo, criando uma sombra que causou a ausência de vegetação rasteira, houve a presença de árvores frutíferas (mangabeiras) e de fauna (jacus, micos e saguis).

Bioma: Mata Atlântica/Mares de Morros

Descrição: O solo nesse bioma é meio rico e muito úmido e com camadas de húmus sobre ele. A quantidade de recursos para o crescimento das plantas possibilitou que ocorressem árvores de grande porte na Mata Atlântica, as árvores desse bioma, possuem tronco grande e reto, são perenes, possuem líquens e musgos no caule e com folhas no topo. Como já dito, a abundância de recursos na região da Mata Atlântica possibilitou uma densidade maior de árvores, criando um dossel, a umidade facilitou o crescimento de musgos e líquens e o fato das árvores serem próximas e grandes, obrigou-as a crescer e criar largas folhas no topo, para maior captação de luz, criando uma espécie de telhado, longo e constante, que impede que a luz chegue ao chão e ao ar do interior da Floresta, fazendo com que esta tenha uma temperatura mais amena e agradável e causando uma ausência de vegetação rasteira. Apesar disso, há muita incidência de luz sobre a Floresta o que causa um alto índice de evaporação e de evapotranspiração o que faz com que a Mata seja úmida e com cursos d’água em locais de favorecido relevo.

Devido aos diversos fatores acima citados, a Mata Atlântica têm um rico desenvolvimento da fauna e biodiversidade com exemplares como pequenos primatas (saguis, micos-leões), aves com grande diversidade (araras) e outros mamíferos (capivaras, tamanduás), além de peixes e alguns répteis e anfíbios. Entre as plantas, há árvores perenifólias e latifoliadas, além de matas ciliadas e pteridófitas.

Parada 3:

 

Image009

Transição - Parada 3

               Essa parada ocorreu no mirante, e observando através deste, foi possível visualizar nas áreas inferiores da serra a densidade da mata atlântica e sua diversidade, com exemplares como embaúbas e árvores de grande porte. Próximo ao topo da cadeia de serras, foi possível visualizar Campos Rupestres (ou Campos de Altitude), e vegetação exótica (pinheiros).

Nas proximidades do mirante, foram observados trechos de campos rupestres com predomínio do Cerrado, e mais ao fundo Mata Atlântica, o solo do local era mais seco, arenoso e pobre. Um problema visível nos arredores do mirante, foi a presença de lixo jogado pelos visitantes, dando uma percepção clara da interferência humana na vegetação natural.

Outro fator um pouco visível de presença humana foi a mineração, atrás da serra onde se encontra o Parque, já houve extração mineral que causou grande prejuízo ao ecossistema do local. A vegetação exótica eram coníferas, plantadas propositalmente por razões de reflorestamento e se adaptou muito bem ao ambiente, pois são árvores bastante adaptáveis.

Biomas: Mata Atlântica, Campos Rupestres e Cerrado/Mares de Morros

Descrição: Os Campos Rupestres, são uma vegetação rala, gramínea e rasteira, em geral seca e com pobreza na fauna e biodiversidade.

As descrições dos outros biomas se encontram acima.

Parada 4:

Image011

Mata Atlântica - Parada 4

Nessa área do Parque, há novamente um predomínio da Mata Atlântica, mas o solo nessa região apresenta características diferentes, pois este é mais úmido, escuro e ralo que o dos locais anteriores, mostrando maior fertilidade. Nessa parada há novamente vegetação exótica, mas desta vez, bambus que estão próximos a um pequeno curso d’água. Na descida pôde-se observar rochedos naturais, que foram causados pela erosão por chuvas e vento, o que ocasionalmente aumentou a riqueza do solo próximo.

Durante a descida da serra, foi visível um aumento na densidade da Floresta, além de um aumento na umidade, tamanho dos troncos, presença de húmus no solo e redução na presença de luz. Foi também ao longo desse curso que puderam ser observados um número maior de animais, além dos musgos e líquens no tronco das árvores.

Biomas: Mata Atlântica/Mares de Morros

Descrição: Se encontra acima

Parada 5:

Image013

Mata Atlântica - Parada 5

Nessa parada pôde ser observado a exuberância, umidade e densidade máximas da Mata Atlântica devido ao fato da parada se encontrar no vale da serra, por onde passa um córrego e também uma presença de vegetação exótica, as samambaias, que geram um dossel exuberante na beira do curso d’água além de uma bela mata ciliar.

As samambaias e a mata ciliar fazem parte da vegetação rasteira encontrada no local, pois apesar da ausência de luz, os recursos para o crescimento da vegetação nesse local são muito propícios.

Foi também encontrado nessa área a continuação do curso d’água visto na parada anterior, mas neste local, mais fixo e profundo, seguido por uma cascata e canalização artificial, que são exemplos de como a interferência humana pode ajudar a melhorar a exuberância e a riqueza natural, levando para áreas de maior necessidade a água que neste local é abundante.

Na parada 5 foi também observado uma fauna diferencial, mais relacionada com a presença de água que a das paradas anteriores, como anfíbios e alguns insetos.

Bioma: Mata Atlântica/Mares de Morros

Descrição: Se encontra acima

Advertisement